Ontem foi o Dia Nacional da Visibilidade de travestis e Transexuais e durante a II SP Transvisão, na SP Escola de Teatro,
a emoção tomou conta de mim e recordei muito a minha adolescência.
Muita gente me pergunta por que venho ajudando tantas pessoas
há vários anos no anonimato e o que ganho com isto. Bem, acredito na corrente
da ajuda, porque quando se quer ajudar, fazer o bem num mundo tão mecânico onde
as pessoas se esquecem de serem humanas e passam a agirem como robôs, quem
verdadeiramente quer vai lá e faz.
Há quem diga ser ingenuidade, mas acredito que todos nós de
alguma forma não devemos nos esquecer do ato de ajuda, fazer a diferença para melhorar
o mundo, não é impossível.
Durante minha adolescência encontrei pessoas que me
ajudaram e a maioria foram travestis e transexuais que por muitas vezes me
deram abrigo, onde dormir e comida para matar a minha fome.
Me revolto com tanto descaso, pois elas no meio do mundo
do preconceito são as que mais sofrem, pois são perseguidas, caçadas e
exterminadas nas ruas, num sistema transfóbico, imundo e ninguém se mobiliza.
Por quê?
Do dia 1º de janeiro de 2014 até hoje várias já foram
mortas devido a criminalidade, violência e o descaso de nossas autoridades que
não investigam suas mortes.
Não vejo o mesmo empenho em campanhas e quando existem poucos
participam e se sensibilizam com a dor delas.
Nós todos da comunidade LGBTT precisamos ter união, não
preconceito e estrelismos egoístas, somos uma comunidade formada de seres humanos
que só queremos amar , sermos felizes e ter nossos direitos reconhecidos.
A vocês meninas, deixo meu agradecimento total e se
precisarem podem contar comigo sempre.
Kimberly, a você e a todas o meu respeito e novamente meus
parabéns!
Emocionante ouvir esse depoimento intenso sobre a luta contra o sistema, e ver a Bandeira do Orgulho Trans ser estendida! Isso é consciência e ação juntas!
ResponderExcluirParabéns!
Jaqueline Gomes de Jesus, essas palavras vinda de sua pessoa, vejo que acertamos então, muito obrigada!
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