O
Disney Channel vai apresentar um casal de lésbicas, com filhos, num episódio da
série "Boa Sorte, Charlie". O programa deverá ir para o ar em 2014,
ano em que a popular sitcom infantil chegará ao fim.
O casal protagonista,
Amy e Bob Duncan (Leigh-Allyn Baker e Eric Allan Kramer), vão orgnaizar uma
tarde de jogos infantis para a filha Charlie (Mia Talerico) brincar com os seus
novos amigos. E será aí que os pais da personagem titular irão descobrir que
uma das crianças tem duas mães.
"Esta storyline foi escrita sob a supervisão de uma
consultora de desenvolvimento infantil, recorrendo ainda à opinião de
conselheiros comunitários", revelou fonte oficial do canal. "Tal como
grande parte da programação do Disney Channel, esta narrativa foi desenvolvida
no sentido de ser relevante para as famílias de todo o mundo, reflectindo temas
de diversidade e inclusão social."
A
antiga estrela de Hannah Montana, Miley Cyrus, elogiou publicamente a decisão
do canal do rato Mickey no Twitter: "Isto é verdade?! Só posso defender a
Disney ao dar este passo. Eles controlam muito o que as crianças pensam. A vida
não se resume a cenários e roupas brilhantes, ou até mesmo a miúdos que se
tornam estrelas. Isto é inspirador."
"Boa
sorte, Charlie" estreou no Disney Channel norte-americano a 4 de Abril de
2010, tornando-se um sucesso instantâneo de audiências. As aventuras de Charlie
e da sua família disfuncional chegaram a ultrapassar a famosa "regra dos
65 episódios" do canal: a maior parte dos programas de ficção da Disney
chega ao fim no 65.º episódio. "Boa sorte, Charlie" quebrou esta
tradição e vai terminar com quase 100 episódios exibidos.
Enquanto
isso, no Brasil...
Está
em análise na Câmara dos Deputados um projeto de lei (5921/2001) que
regulamenta a publicidade infantil e obriga que as marcas utilizem apenas
modelos "tradicionais" de núcleo familiar. A norma foi incluída pelo
deputado federal Salvador Zimbaldi (PDT/SP).
Lembrou
da Rússia?
Não
se engane com a mera coincidência, a Rússia e a Moldávia foram
consideradas em 2012 pela Associação Internacional de Gays e Lésbicas como os
países europeus que menos respeitam os direitos dos homossexuais.
O
sinal de alerta já pisca há muito tempo por aqui, se não abrirmos nossos olhos
teremos o regresso no lugar do progresso.
Nas
eleições de 2014 os LGBTs devem reavaliar alguns conceitos ao escolher seus
candidatos. A ditadura gay não existe, mas no final das contas só quem é LGBT
sabe como é sofrer na pele todos os tipos de preconceitos gerados pela
ignorância alheia, sentem o desamparo e total descaso dos políticos que ainda
fazem questão de impedir que se cumpram as migalhas de direitos que temos.
Não
vamos nos iludir novamente com esses políticos que durante suas campanhas
anunciam ser simpatizantes e dizem abraçar as nossas causas, pois estes são
sempre os primeiros que nos viram as costas, se omitem ou saem gritando por aí
que homossexualidade é comportamento e que os LGBTs não querem direitos,
mas"privilégios".
O
que mais tem na política é gente homofóbica levantando bandeira a favor da
diversidade para ganhar voto ou fazer coeficiente de partido. Alguns partidos
lançam candidatos LGBT sem dar nenhuma condições para que se elejam e quando o
preferido do partido se elege não faz nada a favor dos LGBTs.
Temos
que mudar este quadro e sinceramente sou
a favor do LGBT vota LGBT!
A
melhor dica continua sendo pesquisar a fundo os candidatos, pois em breve
novamente será dada a largada e já se tem notícia de homofóbicos
abraçando LGBTs por aí.
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