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terça-feira, 21 de maio de 2013

Em Aracaju Unegro Luta Contra a Homofobia.

Unegro na luta contra a homofobia em Aracaju

O movimento negro participou de uma sessão especial para debater a homofobia e a importância de reconhecer e garantir os direitos e a cidadania das pessoas LGBT bem como políticas públicas de combate as intolerâncias e violências praticadas contra Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais, no município de Aracaju, em Sergipe. Entre as entidades presentes, a União de Negros pela Igualdade (Unegro).

O evento, ocorrido na sexta-feira (17) na Câmara Municipal de Aracaju, foi solicitado pelos vereadores Lucimara Passos, do PCdoB; Iran Barbosa, do PT; e Emanuel Nascimento, também do PT. A sessão contou com as presenças dos vereadores Lucas Aribé e Max Prejuízo do PSB.

Participaram Adhons - Associação de Defesa homossexual de Sergipe, GHB Bugio, Associação das Travestis Unidas na Luta Pela Cidadania,Astra Lgbt, Andrey Roosewelt Chagas Lemos, da Unegro, e demais militantes que fazem a luta contra a homofobia em nosso estado.

O Dia de Luta Contra a Homofobia é uma data importante pois tem por objetivo mobilizar a sociedade para reflexão sobre as práticas discriminatórias e violências contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. É preciso promover inclusão e políticas públicas para os LGBT reconhecendo seus direitos que estão previstos na nossa constituição.

Nos últimos trinta anos, os homossexuais foram associados e discriminados também por conta do surgimento do vírus HIV e da epidemia da Aids, éramos chamados de aidéticos, nos organizamos e vencemos, hoje a epidemia não tem mais grupo vulnerável ou específico, mas ainda perdemos muitos amigos e companheiros por conta de uma vulnerabilidade social que impede do pleno exercício da sexualidade e expõe gays, travestis e transexuais ao risco de infecção do vírus.

Conquistamos alguns avanços como o programa Brasil Sem Homofobia iniciado no governo LULA, a Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, as conferências municipais, estaduais e nacionais dos direitos das pessoas LGBT. Mas, a política não pode ficar restrita ao âmbito federal, ela deve ser intersetorial e transversal sendo executada também nas localidades, como estados e municípios.

Foram criadas muitas coordenadorias LGBT mas ainda não alcançamos políticas de estado no âmbito local com um pacto interfederativo que promova a igualdade de oportunidades para homens e mulheres independente das suas identidades de gênero ou orientação sexual.Os fundamentalistas vem se organizando na sociedade, ganhando forças através dos posicionamentos de Marco Feliciano que preside a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados e polemizando a PL 122 afirmando que o movimento LGBT declarou guerra santa contra evangèlicos.

Precisamos mesmo é organizar nosso seguimento politizando o debate e apontando as estratégias de mobilização e controle social exigindo dos poderes públicos executivo, legislativo e judiciários o combate às diversas formas de violência e outras intolerâncias bem como a criminalização da homofobia, lesbofobia e transfobia e um sistema educacional que promova cultura de paz e o respeito às diferenças nos bancos escolares como em toda a sociedade.

Fonte: Unegro

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