Cecilia Bezerra e Eduardo Campos, pausa para falar sobre a diversidade. |
Na ultima sexta feira, dia 23 de maio, a convite do presidente estadual do PHS Laércio Benko, estive no evento do PHS e PRP que oficializou o apoio à candidatura de Eduardo Campos a presidência da república. O evento aconteceu na Câmara Municipal de São Paulo com a presença de representantes da coligação PHS/PRP e da aliança PSB e Rede Sustentabilidade.
Ouvi vários discursos calorosos de políticos
e representantes de partidos que faziam parte da mesa, todos falaram sobre a
política atual.
Lá encontrei diversos amigos entre eles a
Clélia Gomes, mulher de luta e o Walter Feldman, um amigo de vários anos, que me
parabenizou pelo meu trabalho de luta em prol dos LGBT, pela área da saúde, por
manter a mesma vivacidade na luta e sempre manter o grito por justiça social na
garganta, me desejando boa sorte este ano. Obrigada pelo reconhecimento.
Também tive o prazer de encontrar outro
amigo, o Vanderlei Fernandes, membro da Rede Sustentabilidade, que me apresentou ao
Eduardo Campos. A aglomeração de pessoas em volta estava grande, mas na
oportunidade perguntei ao candidato a presidência da república “Por que não se
fala em diversidade, não se fala em LGBT?”.
Ele parou nos abraçou e perguntou sobre
meu trabalho social. Disse a ele que sou Conselheira Estadual dos Direitos da
População LGBT de São Paulo, titular eleita pelo voto da sociedade civil, ativista
dos Direitos Humanos, luto pela área da saúde e que minha luta vem acontecendo há
mais de 25 anos.
Eduardo Campos respondeu que em seu site
existem projetos voltados para a população LGBT e gostaria que eu olhasse, interessado também disse que gostaria de conhecer meu trabalho então dei a ele
um cartão que ele educadamente o colocou no bolso.
Juntos fomos tirar uma foto com o
candidato a presidência da república, mas cadê a Dayana? Ela havia se afastado
do aglomerado de fotógrafos e convidados e ficamos os três aguardando ela se
aproximar para registrar a foto enquanto todos a nossa volta ficaram parados
sem compreender a pausa e sem saber quem era o “amor” que nós estávamos
esperando. Quando ela chegou ele perguntou quem era ela e eu disse com orgulho
no peito de ser LGBT “ela é a minha esposa”.
Agradeço a educação e o carinho!
Da Esq. para Dir. Cecilia Bezerra, Eduardo Campos, Vanderlei Fernandes |
Acho necessário que tenhamos mais
atenção e cuidado em analisar as propostas, atitudes e a história de trabalho
social dos candidatos que despertam nossa atenção, desde candidatos à presidência,governo
de estado ,senado, aos candidatos a deputados federais e estaduais. A meu ver
todos os candidatos, devem ter a preocupação maior voltada para as injustiças
sociais, pois assim poderão governar para o bem social de todos e não apenas de
uma verdadeira minoria que é a nata da elite que patrocinam muitas candidaturas
com o intuito de “se defenderem” e aumentar seus patrimônios.
A comunidade LGBT do país já teve a PLC122 engavetada e com mais esta “punhalada” continuamos a sofrer com a discriminação e o preconceito de pessoas que pensam que devemos ser caçados e hostilizados por não compartilhar do mesmo modo que vivem suas vidas, nos rotulando como anormais e doentes, mas fecham os olhos, fingem não saber e viram a cara para as atrocidades que acontecem com estas pessoas que tanto discriminam. Anormal é a quantidade de lésbicas que são estupradas onde muitas acabam mortas, gays, travestis e transexuais que são espancados, torturad@s e assassinad@s nas ruas, perdendo vidas e sonhos, se tornando estatística numerosa de crimes sem solução e criminosos impunes. Isso é anormal.
Importante também,a preservação do Estado
Laico de fato, onde todos tenham o direito de escolher sua religião, ou
escolher não ter nenhuma, sem que com isso sofram represálias ou se tornem alvos
de chacotas por isso.
Sou extremamente contra a imposição da religião, mas
acredito que o respeito deve ser estimulado e válido para todos, pois é com
grande tristeza que vejo pessoas serem perseguidas, inclusive em São Paulo,
onde espíritas, kardecistas, umbandistas, candomblecistas e outros estão sendo obrigados
a se retirarem de suas casas e de seus centros. Lembrando que a maior
concentração de LGBT continua no espiritismo e embora atualmente existam igrejas
evangélicas LGBT, estas ainda são desprezadas pelas tidas como “tradicionais”.
É importante não se esquecer de todas
essas vidas que se vão pela ignorância, a violência continua matando sem dó os
brasileiros nas ruas e becos de nosso país.
Nossa luta é todos os dias! Juntos somos
mais fortes!
"Levantar esta bandeira é fácil,
todos podem levantar, mas mantê-la erguida mesmo com os braços já cansados, é o
que nos torna mais fortes."
Procurando o site...
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